Pure logic is the ruin of the spirit. Antoine de Saint-Exupéry
No últimos dois anos, as mudanças tem sido uma constante na Universidade do Algarve. Houve transição de Reitores, uma inserção de novos cursos e toda uma parafernália de outros acontecimentos interessantes.
Há cerca de 2 anos atrás, deu-se a mudança de Magnifico Reitor. O Professor Dr. Adriano Pimpão deu lugar ao Professor Dr. João Guerreiro. E até ai tudo bem.
O Magnifico Reitor João Guerreiro até começou muito bem, por dar continuidade aos processos do seu antecessor, com a criação do mestrado de ciências-biomédicas, um passo para a criação do curso de Medicina. A Criação de alguns pólos de desenvolvimento, como o CRIA e alguns projectos de interligação empresarial também são algo que devem ser implementados, se bem, de forma tímida.
Porem, como todas as decisões, há umas boas e outras más. Depois há as péssimas. Uma das ideias que já andavam nos corredores há uns bons anos é a extinção das diferentes escolas e faculdades e a sua transformação e integração em 3 Departamentos: Departamento de Economia, de Ciencias Sociais e de Ciencias e Tecnologia. Tal evento teria como consequência a criação de um conselho cientifico único, a ausência de indicação de professores por parte das próprias faculdades (passando essa responsabilidade para a reitoria), assim como a definição por parte da reitoria dos projectos de investigação a apoiar.
Na minha humilde opinião, questiono-me sobre a utilidade de tal mudança. Primeiro é as dificuldades logísticas: na Universidade existem dois ensinos: o Politécnico e o Universitário. Gostava de ver como diabos conseguem conciliar isso, em departamentos.
Os serviços centralizados trazem ineficiência; tomar decisões é muito mais lento e faz com que uma simples decisão seja difícil e morosa.
São modas de gestão: centralizar aquilo que está descentralizado e descentralizar o que está centralizado. Mas não deixa de ser incoerente numa Universidade que se quer mais dinâmica.